Osteólise Distal da Clavícula
Osteólise distal da clavícula é um problema cada vez mais frequente no consultório devido a sua associação com a prática esportiva, principalmente o exercício de musculação devido a carga excessiva de maneira repetitiva. É mais comum nos homens e outros esportes como arremesso de peso e halterofilismo e trabalhos pesados como o de pedreiro e carpintaria também podem levar a sobrecarga dessa articulação e ao processo de osteólise da clavícula.
Nessa condição a queixa mais comum é a de dor no ombro em certas posições e ao examinar o paciente ele apresenta dor a palpação da articulação acrômio-clavicular. Um teste do exame físico chamado de “cross-arm” costuma ser positivo. Dor a palpação local também costuma ser uma característica marcante.
Nos casos iniciais a radiografia é normal e o diagnóstico é feito somente com a ressonância magnética que evidencia edema na articulação acromioclavicular. Nos casos crônicos a radiografia evidencia cistos subconrdrais e eventualmente parte da região distal da clavícula pode desaparecer (osteólise).
O tratamento normalmente se inicia de forma conservadora e inclui a modificação das atividades que provocam a dor (que devem ser interrompidas), além do uso de anti-inflamatórios e gelo local. A infiltração local com cortisona é uma opção nos casos refratários.
Quando o tratamento conservador é incapaz de melhorar a sintomatologia do paciente, o tratamento cirúrgico é indicado. Preferimos o procedimento de ressecção do terço distal da clavícula por meio da artroscopia.