Ombro congelado
O que é o ombro congelado ?
Capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença freqüente (3-5% da população geral) que acomete mais o sexo feminino (2:1) na faixa etária dos 40 aos 60 anos. É uma causa de dor e limitação do arco de movimento do ombro. Várias outras condições podem produzir sintomas semelhantes e por conta disso muitas vezes o termo “ombro congelado” é utilizado de uma maneira generalizada para qualquer situação em que haja rigidez do ombro associado à dor. Entretanto o termo capsulite adesiva deve ser entendido como uma entidade patológica específica caracterizada por uma inflamação crônica da capsula articular, com consequente espessamento, fibrose e aderência da mesma que resulta na dor e na rigidez passiva e ativa do ombro.
Quem desenvolve ?
A literatura é clara ao estabelecer algumas condições sistêmicas como fatores de risco para o desenvolvimento desta doença. Entre elas estão: doença cardiovascular, disfunção tireoidiana e principalmente o diabetes mellitus. Esta última é associada aos casos mais severos e com pior prognóstico. Entretanto, a grande maioria dos pacientes não apresenta uma causa aparente para o desenvolvimento da capsulite e são denominados de origem idiopática. Outra causa frequente são os casos de origem traumática.
Qual a história natural da doença ?
Classicamente descrevem-se três fases desta doença: Uma fase dolorosa, que corresponde ao período de maior inflamação da articulação. Esta fase é caracterizada pelo quadro intenso de dor e graus variados de restrição de movimento. A segunda fase chamada de congelada se caracteriza pelo ápice da rigidez. Nesta fase normalmente a dor diminui e o que chama a atenção é a falta de mobilidade tornando visível a incapacidade da realização de atividades rotineiras como pentear o cabelo ou colocar um sutiã. A ultima fase é denominada como de resolução em que progressivamente o paciente readquire a mobilidade do ombro. Não é incomum a presença de alguma limitação ao final deste período.
Qual o tratamento ?
O tratamento de escolha é inicialmente conservador e inclui a fisioterapia associada aos exercícios caseiros. A grande maioria dos pacientes responde bem a este tratamento que pode durar até 12 meses. Normalmente associam-se medicações analgésicas para melhor resposta do tratamento fisioterápico. A indicação cirúrgica esta reservada para os casos em que houve falha no tratamento conservador. Uma vez indicado a cirúrgia, a mesma deve ser realizada pela técnica artroscópica. Os resultados do tratamento cirúrgico são bons e com alto índice de satisfação.