Entenda o que esse estudo significa para você, paciente:

Foi publicado recentemente um artigo científico de grande importância na renomada revista Journal of Shoulder and Elbow Surgery, envolvendo médicos do INTO – Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro. O estudo analisou pacientes que passaram pela cirurgia de Latarjet, indicada em casos de instabilidade anterior do ombro, especialmente quando há episódios frequentes de luxação.

A grande contribuição desse estudo foi investigar os fatores que aumentam o risco de desenvolver artrose no ombro (osteoartrite) antes e depois da cirurgia. O acompanhamento mínimo foi de 5 anos, utilizando exames de tomografia computadorizada — que são mais sensíveis para detectar alterações articulares do que radiografias comuns.

Principais descobertas do estudo:

  • Antes da cirurgia, pacientes com lesões causadas por crises convulsivas (epilepsia) e aqueles com maior perda óssea na glenoide (parte da escápula) tinham maior chance de já apresentarem sinais de artrose.

  • Após a cirurgia, o risco de agravamento da artrose esteve diretamente ligado à técnica cirúrgica utilizada: especialmente quando os parafusos ficaram mal posicionados ou muito inclinados, ou quando o enxerto ósseo foi colocado muito lateralmente.

  • Dos pacientes que não tinham artrose antes da cirurgia, cerca de 27% desenvolveram a condição após o procedimento. Já entre os que já tinham, mais da metade apresentou piora ao longo do tempo.

  • A técnica de imagem por tomografia revelou uma taxa de artrose mais alta do que a relatada em estudos que usam apenas raio-x — mostrando a importância de um diagnóstico mais preciso.

Por que esse estudo é importante para você?

Se você sofre com instabilidade no ombro e está considerando ou já realizou a cirurgia de Latarjet, esse artigo traz informações valiosas. Ele mostra que a escolha da técnica correta e a experiência do cirurgião são cruciais para minimizar complicações a longo prazo, como a artrose. Além disso, reforça a necessidade de acompanhamento contínuo, com exames adequados e atenção à posição dos enxertos e parafusos.

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